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Sabe quem são os Anonymous? Veja o que está por trás desse misterioso grupo

Nos EUA, o mesmo grupo lançou um vídeo em protesto contra o assassinato de George Floyd por um policial

Hackers do grupo Anonymous estão dando o que falar
Hackers do grupo Anonymous estão dando o que falar -
Rio - Na noite desta segunda-feira, o grupo de ativistas do Anonymous no Brasil vazou supostos documentos de cidadãos ligados a Jair Bolsonaro, com informações do próprio presidente, sua família e assessores — os dados não foram confirmados por todos, mas as reclamações e os pedidos de investigação levam a crer que sim.
O nome Anonymous não é novo, mas retomou projeção no Brasil diante dos dois eventos citados.
Sobre o grupo
O grupo é uma união de membros decentralizados, sem que haja uma liderança vertical. Por este motivo, eles conseguem se manter anônimos e, também por isso, é difícil precisar o ponto inicial do movimento.

O que se sabe é que o Anonymous nasceu do fórum 4Chan, antes mesmo de o espaço se tornar um reduto da ultradireita (atualmente, o grupo nega abertamente relação com o 4Chan).

A primeira ação notória do Anonymous data de 2008, no caso contra a Cientologia. Na época, ativistas vazaram um vídeo interno dos cientologistas, apresentado por Tom Cruise. Advogados da religião entraram com ações judiciais para derrubar os conteúdos vazados, o que motivou o grupo a espalhar o vídeo em vários sites pela internet.

Desde então, células do Anonymous se organizam para lutar contra ações que ferem direitos humanos e liberdade. Em 2010, por exemplo, colaborou para quebra da censura durante a Primavera Árabe em países do Oriente Médio e norte da África.

Em 2017, após a passeata neonazista de Charlottesville, nos Estados Unidos, outra célula do grupo também postou vídeos recriminando a ação e vazando documentos pessoais dos envolvidos.

Para mostrar a união, o grupo passou a se identificar com a máscara inspirada no filme V de Vingança, em homenagem ao soldado histórico Guy Fawkes.
Como age o Anonymous?
O Anonymous atua de duas formas distintas. A primeira com os ataques chamados de DDoS, sigla inglesa que significa ataque de negação de serviço. Na prática, isso significa criar uma situação no servidor de um site para sobrecarregar o sistema e retirar a plataforma do ar. Por exemplo, no caso de Minnesota, o site da polícia local foi derrubado por este mesmo processo.

Outro movimento dos ativistas é vazar informações dos adversários. Aqui, basicamente eles se aproveitam de falhas de segurança e coletam dados sensíveis dos oponentes e divulgam de forma pulverizada na rede. Assim, torna difícil identificar o caminho do vazamento. Foi este o processo relacionado ao vazamento de dados do presidente brasileiro.