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Polícia indicia corretora de imóveis acusada de aplicar diversos golpes no Méier

Lúcia Lopes de Freitas responde a 12 inquéritos pela prática de estelionato, sendo investigada por ter embolsado quase R$ 500 mil em vários casos

Perfil no Facebook da imobiliária da corretora
Perfil no Facebook da imobiliária da corretora -

Rio - A corretora de imóveis Lúcia Lopes de Freitas, de 69 anos, foi presa, nesta quinta-feira, por policiais da delegacia do Méier (23ª DP). Ela é acusada de praticar diversos golpes contra clientes no bairro da Zona Norte do Rio, onde possui uma imobiliária. A corretora responde a 12 inquéritos pela prática de estelionato, sendo investigada por ter embolsado cerca de meio milhão de reais (R$ 485.568,13).

Segundo as investigações, na maioria dos casos, Lúcia ficava com os valores que recebia como sinal de pessoas interessadas nos imóveis. De posse do valor, entregue em espécie ou depositado em sua conta ou em conta de terceiros, ela não realizava a transação jurídica do negócio.

Casos

Em um dos casos, um policial militar da reserva, após sofrer um acidente e ficar paraplégico, recebeu como indenização um seguro e o utilizou para comprar um imóvel com a corretora. Ele entrou em contato com ela depois de ver um anúncio na página da imobiliária no Facebook e fez o pagamento inicial de R$ 57.870,00. O PM não recebeu nem o imóvel, nem uma escritura dele.

Em outro caso, a vítima foi surpreendida quando descobriu que seu nome estava negativado no serviço de proteção ao crédito Serasa, por causa de dívidas referentes a anúncios em classificados. Os anúncios foram feitos em benefício da imobiliária de Lúcia, usando os dados pessoais da vítima, que era locatária de um imóvel alugado com a corretora.

Processos

De acordo com o titular da 23ª DP, o delegado Hilton Alonso, os casos demonstram os crimes cometidos pela corretora, que levou "a destruição das economias e do sonho da casa própria de diversas famílias".

Atualmente ela está suspensa no Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio (Creci-RJ), onde responde a processos internos. Ela também é ré, na Justiça, em alguma ações cíveis.

As investigações do caso pela Polícia Civil continuam para apurar outros possíveis crimes praticados pela corretora.