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Polícia Militar faz operação na Serrinha um dia após a morte de policial

Disque Denuncia oferece R$ 5 mil por informações que levam aos assassinos do tenente Cleiton da Costa Sales

Disque Denuncia oferece recompensa por informações para encontrar os assassinos do tenente da Costa Sales
Disque Denuncia oferece recompensa por informações para encontrar os assassinos do tenente da Costa Sales -
Um dia após a morte do tenente Cleiton da Costa Sales, de 31 anos, a Polícia Militar voltou a ocupar a comunidade da Serrinha, em Madureira, na Zona Norte de Rio. É o segundo dia de tiros na região. O Disque Denúncia publicou um cartaz com a foto do policial, oferecendo recompensa de R$ 5 mil para quem der informações que levam ao paradeiro dos assassinos.
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O governador Wilson Witzel decretou luto oficial de três por conta da morte do policial. O corpo do tenente será sepultado na tarde desta sexta-feira, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste.

De acordo com a Plataforma Fogo Cruzado, 70 agentes de segurança foram baleados no Rio em 2020. Desses, 29 morreram. A PM confirmou que o tenente Cleiton é o 23º policial militar morto esse ano no estado.

Na operação de hoje a PM conta com o apoio de dois veículos blindados. O policiamento foi reforçado nas ruas que dão acesso à Serrinha. Além do 9º BPM (Rocha Miranda), homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Ações com Cães (BAC), e Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), ocupam partes da comunidade.

Questionada sobre a decisão, no início de junho, do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) que proíbe operações policiais nas comunidades do Rio durante a pandemia da Covid-19, a PM não confirmou se a ação desta sexta-feira descumpre a determinação.

Em nota a assessoria da corporação disse apenas que “As equipes policiais fazem vasculhamento nas comunidades da região para prender criminosos e coibir práticas delituosas”

Apenas ações em hipóteses excepcionais podem ser realizadas pela polícia. É preciso justificativas, por escrito, ao Ministério Público do Rio.

Um morador da região reclamou dos tiros e disse ter se arrependido em mudar para o bairro "aqui é sempre assim? Mudei pra cá ontem e já estou arrependido. Morei em Nova Iguaçu e nunca ouvi um tiro".