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'Passaportes' da vacina falsos são vendidos em grupos anti-vacina de aplicativos

Comprovantes são oferecidos por até R$500 e devem ser pagos antecipadamente somente em criptomoedas

Documento não pode ser usado em locais onde ocorre verificação eletrônica do código QR
Documento não pode ser usado em locais onde ocorre verificação eletrônica do código QR -
Rio - A Delegacia de Defraudações (DDEF) da Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar a venda de comprovantes de vacinação falsificados em grupos anti-vacina do Rio em aplicativos de mensagens. Os "passaportes da vacina" são oferecidos por até R$500 pelos criminosos. Desde o dia 15 de setembro deste ano, a Prefeitura do Rio passou a exigir o comprovante de vacinação para entrar em locais fechados, de uso coletivo da cidade.
As investigações ainda estão em fase inicial. De acordo com o titular da especializada, delegado Alan Luxardo, o pagamento pelo falso comprovante se dá somente por meio de criptomoedas, principalmente Bitcoin. O método é utilizado para dificultar a identificação dos criminosos. Os compradores também precisam pagar pela falsificação antecipadamente.

Ainda segundo o delegado, o falso "passaporte" seria um arquivo em PDF que imita o comprovante emitido pelo aplicativo ConectSUS. Entretanto, o cliente é informado de que o documento falso não pode ser usado em locais onde ocorre verificação eletrônica do código QR (QR Code). Luxardo ressalta que a prática é ilegal tanto por parte de quem vende, quanto por quem compra.
Multa de R$1 mil 
A Prefeitura do Rio sancionou o projeto de lei da Câmara dos Vereadores que prevê multa de R$1 mil para quem tentar burlar a comprovação da vacina contra a covid-19. A lei também permite a aplicação de multa para as pessoas que tentarem fraudar a vacinação ao fugir dos postos, com o comprovante, sem ter a vacina aplicada.
O texto também prevê punição de R$1,5 mil para o agente público flagrado facilitando ou acobertando o crime. O infrator que não pagar a multa terá o nome inscrito na dívida ativa do município. O caso também será encaminhado à autoridade policial para responder por crime de falsificação de documento. A pena para o crime varia de dois a seis anos de prisão.
Confira os locais determinados pela prefeitura:
- academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento e de condicionamento físico e clubes sociais;
- vilas olímpicas, estádios e ginásios esportivos;
- cinemas, teatros, salas de concerto, salões de jogos, circos, recreação infantil e pistas de patinação;
- atividades de entretenimento, exceto quando expressamente vedadas;
- locais de visitação turísticas, museus, galerias e exposições de arte, aquário, parques de diversões, parques temáticos, parques aquáticos, apresentações e drive-in;
- conferências, convenções e feiras comerciais.