Um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira antecipou as comemorações do Dia dos Pais para celebrar do jeito que mais gosta: no palco. Aos 83 anos, Martinho da Vila levou seus sucessos ao Caminho Niemeyer, em Niterói, retomando, ontem, seus trabalhos. Tudo bem devagar, devagarinho, após as incertezas do período de pandemia. E é claro que seus oito filhos, Martinho Filho, Preto, Maíra, Juliana, Tunico, Analimar, Alegria e Mart’nália não ficariam fora dessa festa.
"É especial. A filharada que estava livre compareceu, então a gente comemorou por lá mesmo”, destaca o sambista, que se orgulha da relação que construiu com os herdeiros. A maioria deles, inclusive, segue a mesma profissão do paizão. "Fico feliz da vida lambendo a cria. Tive a sorte deles serem todos muito talentosos. Sou corujão”, derrete-se.
E como na casa de bamba todo mundo bebe, todo mundo samba, Martinho preza por uma relação de companheirismo com o rebentos. “O pai precisa ser amigo. Tem que ser enérgico na infância e adolescência, dali pra frente é parceiro. Não pode existir uma distância entre pais e filhos”, ensina o mestre.
No auge de seus 83 anos, muito bem vividos, diga-se de passagem, Martinho tem sua história entrelaçada com a do samba. Tanto que foi na Boca do Mato, comunidade do Lins, na Zona Norte, onde ele cresceu e descobriu o gosto pelo gênero musical que mudou sua vida. “Conheci o samba na Aprendizes da Boca do Mato. Quando tinha 14 anos saí na bateria tocando frigideira. Comecei minha história lá. Anos depois organizei harmonia, bateria... a favela é onde nasce a cultura popular”.
E apesar da paixão por Vila Isabel, Martinho não é cria do bairro (nasceu em Duas Barras, interior do Rio), mas se encantou quando conheceu a escola. Ele lembra com carinho da infância na Boca do Mato. “Era um dos morros mais tranquilos do Rio. Eu me divertia muito: soltava pipa, jogava bolinha de gude, coisas que as crianças de hoje não fazem mais”, lembra, aos risos.
Essa belíssima trajetória de vida vai ser contada na Sapucaí. É que o músico será enredo da Vila Isabel no Carnaval 2022, em Canta, Canta, Minha Gente! A Vila é de Martinho. Um momento de glória. “Estou animadíssimo e não sei como vou me comportar na Avenida. Estou ansioso. Ser homenageado na sua própria escola e em vida é uma honra”
'O que me move é a vontade de aprender'
Artista inquieto, Martilho se junta com Djonga em seu novo sicesso, "Era de Aquarius", provando mais uma vez o tempero da mistura do rap com o samba. A música chega como um alento e um respiro no meio do caos da pandemia. "Comecei a fazer há um tempo e me surgiu a ideia de colocar um improviso, pensei no Djanga. É uma canção que traz uma mensagem de esperança, de que as coisas podem melhora", conta ele. A faixa já ultrapassou mais de 1 milhão de visualizações no YouTube. Anteriormente, o cantor já cantou com Criolo, Gabriel, O Pensador e Plebe Rude. A Djonga, só elogios: "É jovem talentoso, antenado em tudo o que acontece no
nosso Brasil", declaro. E o combustível para se manter atuante no auge de seus 83 anos? Ele conta. "O que me move é a vontade de aprender, por mais intelectual que uma pessoa seja ela sempre tem o que descobrir. Eu ainda tenho muita coisa pra fazer nessa vida", conta.
nosso Brasil", declaro. E o combustível para se manter atuante no auge de seus 83 anos? Ele conta. "O que me move é a vontade de aprender, por mais intelectual que uma pessoa seja ela sempre tem o que descobrir. Eu ainda tenho muita coisa pra fazer nessa vida", conta.
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