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Instituto Médico Legal sobrevive com a 'ajuda de aparelhos'

Unidade que custou R$ 32,2 milhões está sucateada e funciona precariamente

O único banheiro para o público está sem pias, torneiras e vasos
O único banheiro para o público está sem pias, torneiras e vasos -

Inaugurado em 2009 com instalações e equipamentos de ponta, o Instituto Médico Legal (IML) do Rio, em São Cristóvão, na Zona Norte, agoniza. Funcionários denunciam que faltam insumos, materiais de limpeza e até gente pra trabalhar. E o sucateamento da unidade, que custou R$ 32,2 milhões, não para por aí. O prédio tem apenas um banheiro funcionando, mas sem descarga, pias, torneiras e vasos sanitários.

Na manhã de terça-feira, várias famílias esperavam pela liberação de corpos. O motivo da longa espera, segundo informações de funcionários, é que equipamentos estão quebrados e a atual estrutura não suporta a demanda. "Estamos trabalhando no limite. Há dias que não podemos fazer nada porque falta água", conta um funcionário, que preferiu não se identificar.

No último sábado, por falta de água, dezenas de corpos teriam ficado amontoados nas gavetas e só começaram a ser necropsiados após o retorno do abastecimento, à tarde.

Para minimizar os problemas, funcionários têm comprado luvas, materiais de limpeza e até água, além de carregarem baldes de água para dar descarga no único banheiro que funciona.

"É triste essa situação. Num espaço que deveria ter um mínimo de conforto, para nós, está assim, abandonado", diz uma mulher que aguardava para identificar o corpo de um parente. "A situação está complicada aqui", relatou um outro agente que trabalha no lugar. Até o fechamento desta edição, a Polícia Civil ainda não havia retornado o contato da reportagem.

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