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Os soldados da 'Propinolândia'

Oito funcionários e ex-servidores foram presos

Chiquinho da Mangueira (de branco), um dos presos na operação, teria utilizado  o Instituto Mangueira e a própria mãe, Maria Celeste
Chiquinho da Mangueira (de branco), um dos presos na operação, teria utilizado o Instituto Mangueira e a própria mãe, Maria Celeste -

Servidores ligados aos dez deputados presos sob acusação de transformar a Assembleia Legislativa (Alerj) em uma 'propinolândia' são usados como 'soldados' do esquema de corrupção. Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificaram na operação 'Furna da Onça' que só funcionários dos gabinetes dos deputados Luiz Martins (PDT), Coronel Jairo (MDB), Marcos Abrahão (Avante) e André Corrêa (DEM) fizeram movimentações suspeitas de mais de R$ 30 milhões, entre 2011 e 2014. Chiquinho da Mangueira (PSC), também presidente da Verde e Rosa, montou outro esquema: teria utilizado o Instituto Mangueira e a própria mãe, Maria Celeste Ferreira de Oliveira. Em 2017, fora as operações em espécie, chama atenção a movimentação de mais de R$ 30 milhões.

Oito funcionários e ex-servidores dos parlamentares foram presos, entre eles, a chefe de gabinete de Marcos Abrahão, Alcione Chaffin de Andrade Fabri, que entre 2016 e 2017 'mexeu' com R$ 845 mil, e Shirley Aparecida Martins Silva, ex-chefe de Gabinete de Edson Albertassi, apontada como peça-chave no esquema montado por Edson Albertassi (MDB) que teria recebido, entre mensalinhos e prêmios, R$ 4,8 milhões.

O gabinete do deputado Luiz Martins é apontado como o recordista de movimentações financeiras suspeitas R$ 18 milhões. Foi rastreado um servidor que movimentou sozinho R$ 1,4 milhões em 2016. Contudo, o escudeiro mais fiel de Martins seria seu enteado, o vereador Daniel Martins (PDT), que também foi preso. De uma só tacada, Daniel, que foi servidor da Alerj em 2009, recebeu R$ 400 mil. O gabinete do Coronel Jairo é o segundo, com R$ 10 milhões. No pedido de prisão do Ministério Público, conta que ele recebia o dinheiro pessoalmente.

Chiquinho da Mangueira (de branco), um dos presos na operação, teria utilizado o Instituto Mangueira e a própria mãe, Maria Celeste Estefan Radovicz / Agência O Dia
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