Rio - Após críticas do prefeito Marcelo Crivella à Polícia Militar, o governador Wilson Witzel, determinou a retirada da escolta do prefeito feita por PMs. A segurança de Crivella era feita por 19 praças e oito oficiais. Com a nova decisão, publicada no Diário Oficial do Estado na manhã desta quinta-feira, os servidores cedidos à prefeitura voltarão à Polícia Militar.
A declaração do gestor do município do Rio foi feita nesta segunda-feira durante um evento para 80 servidores da Fundação Parques e Jardins, na Taquara, Zona Oeste do Rio. Na reunião, Crivella declarou que o Rio está "uma esculhambação completa".
“Quando o político rouba e fica rico, o comandante do batalhão também quer ficar rico. O coronel quer ficar rico. O tenente, o sargento, querem ficar ricos. Aí, eles sobem o morro para pegar o arrego. O arrego é o troco da cocaína”, afirmou o prefeito.
Após a repercussão negativa e a emissão de uma nota da Secretaria da Polícia Militar, assinada pelo secretário da PM, coronel Rogério Figueiredo de Lacerda, o governador do Rio também repudiou as declarações. Em vídeo, divulgado ontem em suas redes sociais, Wilson Witzel não citou Crivella, mas defendeu a PM.
“Não admito, não aceito qualquer tipo de declaração leviana que coloque em dúvida a integridade moral da atuação de nossos comandantes, oficiais e praças. Os resultados estão mostrando que não temos relação com nenhuma organização de atividade criminosa. Tráfico de drogas, milícia, todos estão sendo combatidos com rigor. Manifesto meu repúdio a declarações em sentido contrário. tem o meio apoio, a minha confiança e a nossa força policial merece respeito. Força e honra”, diz o governador.