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Vocalista da banda Killswitch Engage conta que ‘heavy metal’ o tirou da depressão

Rockeiro disse que falar abertamente sobre o assunto foi um dos caminhos para passar pelos problemas

O vocalista revelou como o heavy metal o mantêm forte até hoje
O vocalista revelou como o heavy metal o mantêm forte até hoje -
Jesse Leach, vocalista da banda Killswitch Engage, falou como o metal salvou sua vida. Quem o vê cantando e pulando nos palcos, não sabe da luta que o artista enfrentou contra depressão nos bastidores. Ele, que está no Brasil para o ‘DreamFestival’, contou dos momentos em que usou as drogas e o álcool para esconder seus problemas.
Em entrevista ao portal UOL, o vocalista disse que sofria calado e acabava se entupindo de drogas e álcool para fugir dos problemas que tinha. Ele, que luta contra a depressão e ansiedade, disse que suas letras mostram bem como é se sentir tão inseguro durante os momentos de crise.
Para Jesse, que está com 41 anos agora, uma de suas vitórias é pode usar a música para uma ferramenta de libertação. Segundo o artista, foi o heavy metal que o salvou durante os piores momentos de sua adolescência, e que ainda hoje, é o que o mantém forte.
"Eu gosto de colocar o que passei nas letras. Sofri com muitas dessas coisas, como ansiedade e depressão, e compor é uma ferramenta para eu falar sobre isso, que é parte do que sou. Nem sempre escrevo sobre como eu me sinto, eu gosto de falar sobre as coisas que eu sei que nossos ouvintes estão passando", explicou Jesse.
Para o vocalista, a depressão é ruim, mas também teve seu lado bom. "A depressão é uma maldição e uma benção, porque acaba sendo uma musa inspiradora para mim", contou ele. No álbum Atonement, por exemplo, que foi lançado este ano, ele incluiu canções que mostram a luta contra doenças mentais, como ‘Take Control’, ‘Know Your Enemy’ e ‘I Am Broken Too’.
O artista contou que muitas das crises de ansiedade que teve aconteceu quando estava sozinha na estrada, longe da esposa e da família. Ele lembrou que um dos piores momentos que teve foi há uns dez anos quando estava com longe da banda Killswitch Engage. Ele disse que chegou a ter pensamentos suicidas, mas que descobriu o prazer de pedalar e que isso o ajudou a aliviar suas crises.
Para Jesse outra forma que o ajudou a passar por esses problema foi ter falado abertamente sobre o assunto nas redes sociais. "Eu percebi que era OK não estar OK. E demorou, mas percebi que eu tinha de falar sobre isso", contou o artista.
O vocalista diz que quando tem crises que acabam lhe tirando o sono ou o deixam fora de controle sobe na bicicleta e sai para pedalar e consegue encontrar um pouco de paz. Ele também afirmou que o metal hoje é uma forma de lembrá-lo diariamente o motivo de sua luta. Para Jesse, saber que fará um show para centenas de fãs é uma das formas de se focar e não se deixar levar pelos dias ruins.
"A luta é para aprender o que você pode fazer para tentar retomar o controle. E a música é um lugar seguro para as pessoas se inspirarem. Quando eu era adolescente, eu não conseguia me relacionar com o que tocava no rádio. Mas aí comecei a ir a shows de hardcore e metal e aquela energia falava comigo. Hoje eu posso dar de volta, e tenho esse feedback de estar ajudando outras pessoas. É uma honra devolver o que a música me deu e atender esse chamado para fazer diferença para outras pessoas", explicou.
Jesse retornou a Killswitch Engage para ocupar o lugar de Howard Jones, que também sofreu dos mesmos problemas que ele e por não conseguir manter o controle precisou se afastar da banda. Howard foi até convidado para participar do novo disco e chegou a cantar ao lado de Jesse em alguns shows recentes. "Fico muito feliz de ver que ele parece bem saudável agora", comemorou Jesse sobre o amigo.
"A luta é para aprender o que você pode fazer para tentar retomar o controle. E a música é um lugar seguro para as pessoas se inspirarem. Quando eu era adolescente, eu não conseguia me relacionar com o que tocava no rádio. Mas aí comecei a ir a shows de hardcore e metal e aquela energia falava comigo. Hoje eu posso dar de volta, e tenho esse feedback de estar ajudando outras pessoas. É uma honra devolver o que a música me deu e atender esse chamado para fazer diferença para outras pessoas", explicou.