Cautela e canja de galinha

Em time que está ganhando não se mexe. A velha e surrada frase é perfeita para Abel Braga defender a tese de não inventar no clássico de sábado, contra o Fluminense, pela semifinal da Taça Guanabara. Apesar dos gritos da torcida para escalar Arrascaeta, Everton Ribeiro, Diego e quem mais puder, o treinador deve ser conservador na escalação.

Abel já disse que o time que deve começar o Fla-Flu é bem semelhante ao que jogou contra a Cabofriense (4 a 0). Sendo assim, Diego, Cuéllar e o contestado Willian Arão vão formar o meio-campo. A galera reclama do camisa 5 e quer que Arrascaeta seja o titular, mas os números mostram que, do trio, Arão é o que mais jogou o clássico — e o que mais ganhou também. Foram seis vitórias, seis empates e apenas uma derrota. O também volante Cuéllar, xodó da torcida, defende o companheiro. "O Arão me ajuda muito na função defensiva, tem mais capacidade de marcação. Se sair, vou ficar mais exposto", comentou o colombiano, já acostumado com a pressão por títulos. "A cobrança é diferente no Flamengo. Claro que o clube fez mais investimento agora. Mas, para mim, vai continuar a cobrança acima da média. É o maior clube do Brasil. Sabemos jogar com pressão, é algo natural".

Com apenas um dia de vendas para o público em geral, a torcida do Fla já esgotou o seu setor (Norte) para sábado. Mais de 40 mil ingressos já foram vendidos. O Leste Inferior também está esgotado. Entre os setores disponíveis — Leste Superior, Oeste Inferior, Maracanã Mais e Sul (Flu) —, os preços variam de R$ 24 a R$ 145, para sócios-torcedores, e de R$ 30 a R$ 265, para o público em geral.